Maternidade, Pós-parto

Medicamentos que podem diminuir a produção de leite materno

Existem vários medicamentos que podem diminuir a produção de leite como um efeito colateral. Os medicamentos e outras substâncias relacionadas abaixo podem ter esse efeito, e portanto é preciso redobrar a atenção:

– Estrógenos: o estrogênio pode reduzir a produção de leite por inibir a secreção de prolactina. A Academia Americana de Pediatria considera os estrogênios como compatíveis com a amamentação, porém outros autores contestam essa recomendação. Como método contraceptivo, é possível usar pílulas contendo apenas progesterona, mas existem relatos de diminuição na produção de leite quando usada muito precocemente no período pós-parto;

– Alguns medicamentos usados no tratamento da hiperprolactinemia (excesso da produção de prolactina) diminuem a lactação, justamente porque a produção do leite depende da secreção de prolactina. Dentre esses medicamentos estão a bromocriptina (Parlodel) e a cabergolina (Dostinex, Caberedux, Cabertrix);

– Alguns medicamentos usados no tratamento da Doença de Parkinson, como a levodopa (Prolopa, Stalevo, Ekson, Parkidopa);

– Ergotamina, presentes em alguns medicamentos para enxaqueca;

– Ergometrina (Ergotrate), utilizada para prevenção e tratamento da hemorragia pós-parto. Em alguns casos foi observada leve diminuição na produção de leite, principalmente com o uso prolongado;

– Pseudo-efedrina: normalmente associada com paracetamol ou com o anti-alérgico loratadina (Claritin D, Histadin D, e outros), e utilizada no tratamento de rinite alérgica, sinusites, gripes ou resfriados;

– Bupropiona (Bupiun, Zyban, Wellbutrin): utilizada durante a retirada da nicotina em fumantes e também como anti-depressivo;

– Alguns diuréticos (muito utilizados no tratamento da hipertensão arterial) também podem reduzir a produção de leite;

– Nicotina: estudos relacionaram o tabagismo materno com redução no volume de leite e desmame precoce;

– Álcool: pode reduzir em até 20% o consumo diário de leite pelo bebê.

 

Nos casos de necessidade do uso de alguma dessas substâncias, o médico que acompanha a mãe que amamenta deverá avaliar o risco e o benefício. Como alguns desses medicamentos são necessários para o tratamento de diversas condições crônicas, em algumas situações seu uso é imprescindível. Vale lembrar que essa lista está relatando somente o fato de que esses medicamentos diminuem a produção de leite, porém muitas dessas substâncias não devem ser usadas durante a amamentação pelo próprio risco que oferecem ao bebê.