Crianças: comam mais peixes!
Quem aí tem o hábito de consumir peixe toda semana em casa? Confesso que preciso melhorar nesse quesito. Essa semana eu li um trabalho que me deu um empurrãozinho para lembrar de colocar mais pexe na rotina: o resultado dessa pesquisa indica que comer peixe ao menos uma vez na semana está associado com melhora no sono infantil e um QI em média 4 pontos mais alto.
O trabalho foi realizado na University of Pennsylvania, avaliando 541 crianças chinesas, e publicado na Scientific Reports, um periódico da Nature. Quando as crianças cursavam entre o quarto e o sexto ano escolar (dos 9 aos 11 anos de idade), foi administrado um questionário sobre os hábitos alimentares, incluindo a frequência média de consumo de peixe. Além disso, os pais responderam um questionário já padronizado sobre os hábitos de sono, que incluía a menção a vários tipos de distúrbios de sono, como resistência a ir para a cama, demora para pegar no sono, quantidade de vezes que a criança acordava por noite e sono durante o dia. Ao completarem 12 anos, todas as crianças foram submetidas a um teste de QI.
Analisando os dados, os pesquisadores verificaram que as crianças cujo consumo de peixe era semanal tiveram um score 4.8 pontos mais alto no teste de QI, em relação àquelas que nunca consumiam ou que consumiam raramente (os dados demonstram um aumento geral de 4.8 pontos, de 4.75 pontos no QI verbal e de 3.79 pontos na performance). Além disso, essas crianças também demonstraram ter menos distúrbios do sono.
Outros fatores que que puderam estar associados com a qualidade do sono foram: nível educacional e ocupação dos pais, idade materna ao nascimento dos filhos e quantidade de irmãos. Após confrontar com todos esses fatores, as crianças que consumiam peixe mais frequentemente tiveram um score de distúrbios de sono de 3.01 a 4.49 pontos menor em relação àquelas que raramente ou nunca consumiam peixe.
Referência do artigo científico para saber mais:
Liu et al. The mediating role of sleep in the fish consumption – cognitive functioning relationship: a cohort study. Scientific Reports, 7 (1) 2007, 2017.