A depressão pós-parto no Brasil
A depressão pós-parto acomete muito mais mães do que imaginamos. Um estudo publicado recentemente por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) concluiu que mais de 25% das mulheres tiveram depressão no período de 6 a 18 meses após o parto.
O trabalho analisou 23.894 mulheres brasileiras e descobriu que as mulheres com maior risco para a depressão pós-parto são as de baixo nível sócio-econômico, com antecedentes de transtornos mentais, com gravidez não planejada e histórico de uso excessivo de álcool. Além disso, eventos traumáticos no parto também foram considerados um fator de risco.
É importante salientar que depressão é uma doença que exige tratamento, e não é frescura ou falta de vontade como muitos ainda insistem em dizer.
A depressão pós-parto pode afetar negativamente o vínculo entre a mãe e o bebê, podendo inclusive influenciar o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo da criança. Além disso, já foi demonstrado que mães com depressão amamentam menos e tendem a não realizar todos os cuidados necessários com o bebê, como a vacinação completa.
Em um próximo post vou falar sobre outros fatores de risco importantes recém-publicados na literatura científica.
Referência do artigo científico para saber mais: Theme Filha MM, Factors associated with postpartum depressive symptomatology in Brazil: The Birth in Brazil National Research Study, 2011/2012. J Affect Disord. 194: 159-167, 2016.
Muito bom parabens pelo seu artigo a Depressão tem cura mesmo valeu