Qual o melhor tipo de estímulo para os nossos filhos?
O que nós podemos fazer para melhorar o aprendizado das crianças? Quais as melhores maneiras para estimular o desenvolvimento delas? Li uma entrevista com o Dr. Casey Lew-Williams, pesquisador do Baby Lab da Princeton University, que ajuda a responder essas questões. Segundo Casey, a educação de uma criança baseia-se em dois fatores: o interesse em pessoas e a habilidade humana em detectar e recordar padrões.
O primeiro deles inicia-se desde o primeiro dia de vida, através de informações que chegam até o bebê, como palavras, toque, acalento, expressões faciais e alimentação. Essas experiências são extremamente importantes, e o quanto os pais se engajam em estimular a criança nesses pequenos gestos do dia-a-dia pode trazer um grande impacto no aprendizado infantil.
Estudos norte-americanos indicam que crianças nascidas com uma boa condição sócio-econômica ouvem dezenas de milhões de palavras nos seus primeiros cinco anos de vida, em contraste às crianças nascidas em meio à pobreza – que ouvem cerca de um terço dessa quantidade. Outros trabalhos já mostraram que crianças de baixo nível sócio-econômico podem apresentar um atraso no desenvolvimento dos lobos frontais e temporais do cérebro – regiões que controlam funções como aprendizado, memória e emoções. Aí a gente automaticamente já tende a pensar que isso ocorre pois as famílias mais pobres não têm acesso a brinquedos diferenciados, aulas direcionadas, etc. Será verdade? NÃO! Brincar COM um adulto e com objetos simples (como pedras e gravetos, por exemplo) demanda mais dos processos cognitivos do que simplesmente ficar sentado assistindo televisão!
Ou seja, não importa a condição social da família, o que a criança precisa é de pessoas dedicadas a ela, que tenham tempo, atenção, paciência, disposição e saúde para brincadeiras simples, mas com engajamento!
É um exercício diário de deixarmos os nossos interesses um pouco de lado e interagirmos com a criança, criando brincadeiras, cantando músicas, rolando no chão, correndo no parque ou brincando de casinha. Parece fácil, mas nem sempre é! No mundo corrido, agitado e moderno em que vivemos, precisamos nos lembrar disso constantemente!