Filhos, Maternidade

Você acha seu bebê a coisa mais fofa do mundo?

É quase uma unanimidade que cada mãe acha seu filho o mais fofinho de todos – e a ciência vêm provando o quanto isso é importante. Há bastante tempo já se sabe que a “fofura” dos bebês (tanto humanos quanto de outros animais) é um mecanismo protetor para sua sobrevivência, já que a observação dos traços faciais típicos infantis desperta respostas instintivas de cuidado e proteção. Agora novas evidências estão ampliando esse “conceito de fofura” e incluindo não somente as características visuais dos bebês, mas também o seu cheiro e os sons que eles produzem.

Algumas pesquisas têm observado que sentir o cheiro do bebê ou ouvir seu balbucio e suas risadas ativa complexas redes cerebrais que estão envolvidas na empatia, na conduta moral e em emoções diversas.

Quando um adulto vê a face de um bebê ou ouve seus sons, uma resposta cerebral rápida e intuitiva para “agir com rapidez” é ativada. O interessante é notar que quando o estímulo auditivo é negativo (como o choro do bebê), é ativado nos adultos um comportamento mais estereotipado para prevenir ou acabar com o choro; Já quando o estímulo é positivo (como uma risada), são ativadas regiões cerebrais envolvidas com socialização, emissão de sorrisos e com interações mais complexas destinadas a continuar com essa interação positiva.

E será que esse mecanismo da fofura sempre funciona? Não! Já foi demonstrado que tanto adultos com depressão, quanto mães com depressão pós-parto têm alterações na resposta cerebral induzida pelos estímulos negativos, como o som do choro do bebê ou a sua expressão facial de choro.
E quando o bebê não é tão fofo assim? Já foi demonstrado que, infelizmente, alterações faciais que diminuam as características relacionadas à fofura do bebê podem prejudicar seu desenvolvimento e sua interação com os seus cuidadores. Além disso, a imagem de um bebê “pouco fofo” não causa a mesma resposta cerebral positiva que um bebê fofinho. A natureza às vezes é cruel!

Esse mecanismo que associa fofura à resposta cerebral positiva é tão concreto que os consumidores tendem a preferir bichinhos de pelúcia com traços faciais mais gordinhos e que remetam à filhotes. Até a evolução do Mickey Mouse ao longo dos anos foi feita para criar um personagem com traços mais parecidos aos de um filhote fofinho!