Adultos com o celular na mão = crianças com maior risco de acidentes

A cena é uma das mais comuns hoje em dia: uma mãe ou pai supervisionando a criança, enquanto se distrai no celular.  É claro que a supervisão não será totalmente direcionada para o filho, o que pode trazer muitos prejuízos.

Um estudo do Departamento de Economia da Universidade de Yale observou que entre 2005 e 2012 o número de crianças de 0 a 5 anos atendidas por causa de acidentes em casa ou em parques aumentou 10% nos Estados Unidos. Esse aumento coincidiu com a expansão da rede 3G de telefonia móvel, o que na verdade não é apenas uma coincidência.

Através de várias análises, os autores sugerem uma ligação entre os fatos. Ou seja: as crianças estão se acidentando mais porque os adultos estão mais distraídos no celular.

Alguns profissionais de saúde acreditam que hoje até 20% dos atendimentos de emergência pediátrica nos Estados Unidos envolvendo acidentes em casa ou em lugares públicos sejam causados por distração dos cuidadores enquanto estavam olhando o celular. Esse número corresponderia a cerca de 40 mil atendimentos anuais de crianças só lá nos Estados Unidos. É muita coisa possível de ser evitada, não é mesmo?.

Além dos possíveis prejuízos diretos à saúde física, ainda existem os prejuízos psicológicos. A criança pequena que está brincando sob a supervisão de um adulto espera que esse esteja constantemente reagindo ao que ela faz, seja algo positivo ou negativo. A falta de atenção dos pais nesse momento gera muita frustração nos pequenos.

Para quem usa o celular excessivamente na frente dos filhos, está mais do que na hora de repensar essa prática, não é mesmo?!

O estudo de Craig Palsson, do Department of Economics/Yale University pode ser acessado na íntegra em http://www.palssonresearch.org/wp-content/uploads/2014/10/smartphone_v17.pdf